O sistema agroflorestal pode ser definido como o plantio de espécies agrícolas e florestais em uma mesma área. Esse sistema torna possível a produção de grãos, frutos e fibras sem que a natureza seja prejudicada, uma vez que misturam-se espécies agrícolas, gramíneas, frutíferas e florestais no mesmo espaço.

Diferentemente da monocultura, em que se planta apenas um tipo de alimento, o sistema agroflorestal possui composição diversificada, com cerca de dez a vinte espécies, resultando em diversas colheitas ao longo dos anos. A técnica parece ser nova, mas há séculos já era utilizada pelos indígenas.

É importante esclarecer que este tipo de plantio não reconstrói a mata original, e escolhe as plantas que serão cultivadas com base no interesse econômico. Apesar disso, muitas áreas desmatadas têm passado por experiências positivas com este processo de recuperação.

Este sistema possui benefícios econômicos — pois permite que o agricultor diversifique seus produtos — e benefícios sociais, já que ajuda a fixar os trabalhadores no campo, com demanda por mão de obra durante todo o ano.

Além disso, há diversas vantagens para o meio ambiente, tais como: aumento da biodiversidade, diminuição da erosão e conservação das nascentes. Verifica-se, também, o aumento da biomassa e redução da acidez no solo, fazendo com que a agrofloresta tenha um grande potencial de conservar a fertilidade e produtividade do solo.

Com tantas vantagens, os sistemas agroflorestais são considerados uma boa alternativa para a utilização racional dos recursos naturais renováveis, minimizando os impactos negativos da agricultura sobre o meio ambiente, ao mesmo tempo em que representam uma solução com resultados econômicos positivos.