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Você sabe o que é Protocolo de Kyoto?

© Depositphotos.com / SIphotography Com a entrada em vigor do Protocolo de Kyoto, o carbono se tornou moeda de troca.

Resultado de uma série de eventos internacionais sobre as consequências climáticas a partir da ação do homem, o Protocolo de Kyoto é um tratado internacional que assume um compromisso rígido para a redução da emissão dos gases do efeito estufa, em especial o gás carbônico. Discutido e negociado em 1997, na província japonesa de Kyoto, o Protocolo entrou oficialmente em vigor no dia 16 de fevereiro de 2005.

Entre as ações determinadas pelo Protocolo de Kyoto, podemos destacar:

• Reforma nos setores de energia e transportes;
• Uso de fontes de energia renováveis;
• Proteger florestas e outras áreas verdes;
• Otimização das redes de transporte público e sistemas de distribuição de energia;
• Revisão dos sistemas de depósito de lixo orgânico, a fim de reduzir a emissão de metano.

Todas as ações têm como objetivo principal reduzir a emissão total de gases do efeito estufa em 5,2%, em comparação aos níveis identificados na década de 1990. O período estipulado para esta redução foi de quatro anos, entre 2008 e 2012.

O Protocolo de Kyoto também estabelece o compromisso no incentivo à substituição de produtos feitos a partir do petróleo. Tendo isso em vista, em 2001, os Estados Unidos desligaram-se do tratado. O maior emissor de gases do mundo e produtor de subsídios oriundos do petróleo alegou que sua saída foi determinada para evitar possíveis crises econômicas no país. Em 2009, durante o primeiro mandato de Barack Obama, o presidente encaminhou ao Senado Federal um pedido de ratificação do Protocolo.

Protocolo de Kyoto após 10 anos

Em 2015, o Protocolo de Kyoto completou 10 anos e, infelizmente, ainda não atingiu os resultados esperados. Segundo dados divulgados em fevereiro, entre 2005 e 2012 observou-se um aumento na emissão mundial dos gases ratificados pelo acordo em cerca de 16,2%. Por outro lado, especialistas afirmam que o acordo resultou em práticas positivas em países que adotaram medidas públicas em prol a sustentabilidade na produção industrial. A estruturação e estímulo às fontes de energia eólica e solar também aumentaram.

Novas metas foram estabelecidas para 2020. Infelizmente, apenas 23 países assinaram este compromisso.

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