fev 12

Você já ouviu falar em hidroanel metropolitano?

Flickr.com / Fernando Stankuns O hidroanel possibilitará a diminuição do intenso tráfego de caminhões nas marginais.

Meio ambiente, economia e a sociedade civil do Estado de São Paulo estão prestes a serem contemplados com um belo projeto de navegação, envolvendo os rios Pinheiros, Tietê e as Represas Taiaçupeba e Billings.

Com o projeto do hidroanel metropolitano, o transporte de cargas e de passageiros se tornará viável através de um canal de 18 quilômetros para interligar os dois reservatórios, além de portos fluviais e eclusas.

A criação do hidroanel ainda compreende planos para a implantação de uma via navegável, de extensão de 170 km, na Região Metropolitana de São Paulo, destinada a transportar passageiros e cargas.

De acordo com especialistas, a criação do hidroanel possibilitará a realização de um antigo sonho dos paulistanos: a diminuição do intenso tráfego de caminhões nas marginais.

Isso aconteceria naturalmente, visto que, ao utilizar os rios citados para transporte, em torno de 40 mil toneladas de cargas sairiam do viário urbano, garante Casemiro Tércio de Carvalho, atual diretor do Departamento Hidroviário da Secretaria Estadual de Logística e Transporte do Governo do Estado de São Paulo.

Além da ajuda extremamente benéfica no intenso tráfego da cidade, outra grande característica do projeto é o auxílio ao meio ambiente, visto que, quando totalmente completo, possibilitará retirar de circulação quase 30% das cargas que transitam pelo sistema viário, diminuindo drasticamente a emissão de monóxido de carbono e, quem sabe, diminuindo ou eliminando a circulação de caminhões.

Se considerarmos que do total de emissões realizadas na cidade de São Paulo, 55% é proveniente do transporte, a realização do hidroanel se torna de grande valia para o meio ambiente, uma vez que, quando completamente instalado, seu potencial de emissão é no mínimo dez vezes menor do que o viário.

Pelo hidroanel será possível também o transporte de lixo urbano, lodo das estações de tratamento de esgoto, sedimentos, cimento, entulhos da construção civil, dentre muitas outras cargas especiais ainda não definidas completamente.

Além disso, estão previstas a criação de parques, praças e plantações de árvores por toda a extensão das margens, ficando o tratamento urbanístico a cargo do grupo Metrópole Fluvial da FAU.

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