Vinda de residências, indústrias e comércio, a água poluída precisa ser tratada por meio de saneamento básico para ser devolvida ao meio ambiente sem causar prejuízos a ele. A substância pode até mesmo ser reutilizada por meio da aplicação de alguns processos que já vêm sido testados em grandes cidades, onde há grave carência de água consumível.

O desperdício de água potável é uma situação extremamente preocupante nos grandes centros urbanos, e algumas medidas preventivas já têm sido adotadas pela sociedade. Por outro lado, ainda existem muitas regiões do planeta que não possuem nenhum tipo de tratamento de esgoto.

A importância do tratamento de esgoto

Todo o lixo que utiliza a água e desce através das pias, vasos sanitários, ralos, chuveiros e bueiros das ruas se torna esgoto. E, como boa parte deste material não recebe tratamento, os dejetos vão parar diretamente em rios e nas águas do mar, causando grande parte de sua poluição.

Os índices brasileiros são gravíssimos, uma vez que apenas 49% do esgoto é recolhido e só 10% recebe tratamento adequado, o que causa um dano irreparável ao meio ambiente e à saúde da população. Isso porque o esgoto é formado por 99,9% de água e 0,1% de sólidos, com bactérias, protozoários, vermes e vírus que acabam se proliferando no ambiente.

Quando o esgoto é jogado discriminadamente em rios e praias, provoca o aumento de sólidos na base, chamada de assoreamento, causando o aumento do nível da água e consequente enchente em épocas de chuva. Ele também pode contaminar a água potável vinda de mananciais, matar peixes e destruir a vegetação aquática.

Rios como o Tietê, Gravataí, Capibaribe e Paraíba do Sul recebem grande quantidade de esgoto não tratado. Apesar de serem considerados os mais poluídos do país, é possível recuperá-los com um trabalho sério e em conjunto com o saneamento básico, tal como foi feito na Europa com o Rio Tâmisa e com o Rio Sena.

Tipos de tratamento de esgoto mais utilizados

O método a ser utilizado depende das características físicas, químicas e biológicas da água e também dos recursos naturais e financeiros da região que recebe e gera o esgoto. O método mais comum nas grandes cidades é a inclusão de iodos ativados, processo mais simples que o Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente, criado na Inglaterra em 1914.

Nesse processo, a água do esgoto chega a um reator fechado para a decomposição dos sólidos, que é feita por meio da inserção de bactérias anaeróbicas com iodo. O processo é biológico e aeróbio, que consegue separar a parte sólida da líquida, conseguindo recuperar até 75% das águas.