dez 30

Pesquisadores desenvolvem embalagem para alimentos a partir da casca do pepino

Pesquisa foi desenvolvida no Instituto Indiano de Tecnologia (IIT). Eles concluíram que as cascas de pepino apresentam maior teor de celulose.

As cascas do pepino, muitas vezes desprezadas na culinária, ganharam um novo sentido através das mãos dos pesquisadores do Instituto Indiano de Tecnologia (IIT).

De acordo com a equipe de pesquisadores, as cascas de pepino apresentam maior teor de celulose do que as demais partes do legume.

Por isso, os nanocristais de celulose, presentes nas cascas, podem ser usados como matéria-prima para a fabricação de embalagens de alimentos biodegradáveis e com baixa permeabilidade de oxigênio (ajudando a conservar mais os alimentos).

A pesquisa tem tudo para dar certo, afinal, trata-se de uma matéria-prima renovável e de baixo custo, além de também ser atóxica e não oferecer qualquer efeito adverso sobre a saúde e o meio ambiente. Na Índia o pepino é amplamente utilizado em saladas, picles, vegetais cozidos ou consumidos crus, além de também ser usado na indústria de bebidas, o que contribui para gerar um grande volume de resíduos ricos em celulose.

Além das indústrias de embalagens de alimentos e bebidas, os pesquisadores estão otimistas sobre seu escopo em vários campos, como fabricação de hidrogéis termo-reversíveis e sustentáveis, fabricação de papel, aditivos de revestimento, bio-compostos, filmes transparentes e como estabilizadores em emulsão de óleo-água.

Couro vegano

Outra boa iniciativa, que também vem da Índia, é a produção de um couro feito a partir de resíduos de água de coco descartados de uma fábrica em Kerala. A técnica foi desenvolvida por uma startup local, que tem como sócios os designers de produto Susmith C. Suseelan e Zuzana Gombosova.

O processo descoberto por eles esteriliza a água de coco e depois a insere em uma cultura bacteriana. O produto passa por uma fermentação de 12 a 14 dias e então é refinado e misturado a outras fibras, como de banana, sisal e cânhamo. Com o material, que é resistente à água, a empresa produz bolsas, sapatos, carteiras e outros acessórios que são vendidos para os mercados da Europa, Índia e Estados Unidos, conforme diz uma matéria publicada no Blog Dinâmica Ambiental.

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