abr 14

Como a poluição luminosa afeta o ciclo de vida dos animais?

O termo “poluição luminosa” diz respeito ao excesso de luz artificial, emitida especialmente pelos grandes centros urbanos. Este tipo de poluição causa diversos impactos aos ciclos de vida, trazendo também diversas consequências ecológicas.

Efeitos da poluição luminosa na vida dos animais

A variação na iluminação determina diversos processos biológicos dos seres vivos, tais como: comportamentos migratórios, hábitos alimentares, ciclo reprodutivo e metabolismo.

No ciclo migratório das aves, por exemplo, as áreas muito iluminadas causam confusão e mortes — sobretudo em espécies noturnas, que ficam desorientadas ao atravessar grandes cidades ou encontrar faróis em alto mar. A alteração na luz faz com que os pássaros se percam no caminho e acabem se chocando com prédios e montanhas.

O ciclo reprodutivo das aves também é afetado pela poluição luminosa, uma vez que ele é controlado pelo fotoperíodo. O aumento artificial do dia pode induzir alterações hormonais, fisiológicas e comportamentais, interferindo até nos horários de canto das aves.

As tartarugas são outro exemplo de espécie que tem o processo reprodutivo afetado pela poluição luminosa: quando os ovos eclodem, os filhotes são guiados para o mar graças à claridade do horizonte em contraste com as áreas escuras de solo. Com a poluição luminosa, porém, as pequenas tartarugas podem percorrer uma rota oposta, em direção à rua.

A reprodução dos vagalumes também é prejudicada pelo excesso de luz, uma vez que as fêmeas atraem os machos por meio da bioluminescência (emissão de luz por seres vivos) e a presença de iluminação artificial reduz a visibilidade e prejudica a comunicação entre os exemplares da espécie.

Vale destacar que a espécie humana também é afetada pela poluição luminosa. Sendo um animal diurno, nosso sistema endócrino depende da presença de luz para funcionar corretamente, e o excesso dela causa distúrbios comportamentais e epidemiológicos, além de perturbar o sono.

Veja também