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O impacto ambiental da extração de urânio

Flickr.com / thomasina Por ser um metal pesado e radioativo, o urânio pode contaminar o solo quando extraído.

O urânio, por possuir a capacidade de emissão de partículas radioativas que são utilizadas para produção de calor, é um minério muito empregado como combustível em termoelétricas e também na indústria nuclear.

Mesmo não se tratando de uma fonte renovável de energia, o urânio é muito consistente quando aplicado como combustível energético, uma vez que apenas um quilograma de urânio corresponde a 20 toneladas de carvão e 10 toneladas de petróleo.

Além desse fator, alia-se o fato de que o urânio, se comparado com combustíveis fósseis, emite muitos poucos gases causadores do efeito estufa.

Mesmo sendo pouco prospectado no Brasil (apenas 30% do território foi de fato mapeado em busca do mineral), o país representa a sétima maior reserva de urânio do mundo, com estimativas de que o país detenha a maior reserva mundial ainda não encontrada.

Mesmo com os fatores positivos da utilização de urânio como combustível energético, é importante ressaltar a grande periculosidade envolvida, uma vez que o urânio é também um perigoso metal pesado e radioativo.

Quando o urânio é extraído da natureza, seja para conversão em dióxido ou mesmo em outras formas, esse deixa alguns tipos de moléculas que apresentam vida longa no solo juntamente como uma grande resistência à degradação bioquímica e química. O resultado é particularmente desastroso ao ecossistema.

Assim, da extração do urânio, temos os seguintes efeitos negativos:

  • alteração direta da qualidade do ar, em virtude das muitas emissões atmosféricas decorrentes do desmonte de rochas na lavra, movimentação dos solos, além da emanação do gás radônio.
  • contaminação dos mananciais subterrâneos, provocando a alteração direta de suas propriedades, como, por exemplo, a potabilidade.
  •  deposição de diversas partículas, tanto comuns como radioativas, sobre a vegetação, atingindo todo o ecossistema, inclusive o homem.

Além disso, são diversas as consequências das radiações nucleares para os seres humanos, sendo que, segundo especialistas, não existe dose segura ou mínima para exposição. Falência múltipla dos órgãos, do sistema nervoso central, síndromes do aparelho gastrointestinal, câncer e morte são algumas das consequências mais relatadas.

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