maio 05

Entenda o papel dos ventos alísios e contra-alísios nas mudanças climáticas

Comuns em regiões subtropicais, especialmente na América Central, os ventos alísios sopram regularmente ao longo de todos os meses do ano. Esses ventos são gerados a partir da ascensão de massas de ar que se deslocam de zonas com pressão elevada para regiões com baixa pressão. O resultado desta movimentação é a formação de um ciclo de ventos úmidos e chuvas.

iStock.com / AdrianHillman Os ventos alísios e contra-alísios têm papel fundamental na formação dos ecossistemas.

Os ventos contra-alísios, por outro lado, são secos e geralmente se deslocam do Equador para os trópicos. Esses ventos são responsáveis por gerar momentos de maior estabilidade climática, com calmarias e secas. O Saara, maior deserto do planeta, é resultado direto da ação dos ventos contra-alísios.

Mudanças climáticas: o papel dos ventos alísios e contra-alísios

Os ventos alísios e contra-alísios têm papel fundamental na formação de ecossistemas variados — que vão de florestas tropicais úmidas e com chuvas constantes, a desertos enormes caracterizados pelo clima árido. Além disso, a força desses dois tipos de vento afeta diretamente a configuração da natureza e do clima terrestre.

Nos últimos 12 anos, um aumento sem precedentes de ventos alísios foi responsável por frear o aumento da temperatura em terra. Houve um aumento de ventos alísios do continente americano rumo ao oeste do oceano Pacífico, o que ocasionou um grande movimento de águas oceânicas e gerou o aumento da temperatura da água.

O resultado, segundo especialistas, é que a energia do gás estufa que existe na superfície do oceano é contida, atrasando diretamente o aquecimento climático dos mares. Este “hiato climático” tem relação direta com o papel dos ventos alísios e contra-alísios.

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