fev 02

A economia de água e sustentabilidade dos recursos hídricos

A economia de água é a pauta do momento, sobretudo na região sudeste do País. Com a crise na disponibilidade de recursos hídricos, resultante do mau planejamento e da escassez de chuva ocasionada pelo desequilíbrio ecológico provocado pelas ações do homem, a população está sendo obrigada a conviver e adaptar a rotina ao racionamento de água. Logo, o consumo consciente torna-se um fator primordial para evitar um colapso ainda maior.

flickr.com / Otávio Nogueira O volume de água próprio para o consumo é limitado e o desperdício pode fazer com que essas reservas se esgotem mais rapidamente.

Quando se fala na preservação dos recursos hídricos, não se refere apenas à economia de água. Além de utilizá-la conscientemente, é preciso atentar-se ao tratamento adequado, uma vez que muitas doenças são causadas pela falta de saneamento básico. Por conta disso, quanto mais poluída for a fonte, mais caro será o tratamento e, consequentemente, maior será o valor da água limpa.

O consumo irresponsável de fontes potáveis de água doce pode fazer com que elas se esgotem rapidamente, aumentando ainda mais a quantidade de habitantes sem acesso a esse importante recurso. A má distribuição e o desperdício ocasionado pela irrigação no setor agropecuário também afetam o estoque de água limpa.

Por isso, além de conscientizar a população sobre o seu papel na preservação dos recursos hídricos — como o consumo responsável e a manutenção do entorno onde habita —, é preciso investir em medidas a médio e longo prazo para evitar situações mais drásticas.

Práticas sustentáveis, como reaproveitar a água da chuva para uso doméstico ou comercial; investimento na prevenção, por meio de políticas permanentes (e não emergenciais); e medidas mais rígidas contra o desperdício, a poluição e o assoreamento das fontes potáveis pela indústria e agricultura são fundamentais para assegurar a permanência das mesmas e sua utilização por todas as camadas da população.

Uma medida preventiva que foi adotada por muitos estádios da Copa do Mundo no Brasil foi o uso de energia solar e captação da água da chuva. O Estádio Nacional de Brasília, Mané Garrincha, por exemplo, investiu na geração de energia com placas fotovoltaicas, reduzindo o consumo da energia produzida por hidrelétricas. O armazenamento de água pluvial é feito por meio de cisternas, sendo captada pela cobertura e pelo piso permeável ao redor do estádio. Ela é utilizada em vasos sanitários e mictórios, na irrigação do gramado e em limpezas gerais.

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