A inversão térmica é um fenômeno meteorológico que ocorre quando uma cama de ar frio é repentinamente encoberta por uma camada de ar quente que a aprisiona. Em geral, este evento acontece em grandes centros urbanos industriais, resultando em uma perceptível alteração na temperatura.

Como ocorre a inversão térmica

Em condições normais, o ar que forma os dez primeiros quilômetros da atmosfera circula em movimentos verticais: a porção que está mais próxima da terra é mais quente por causa da radiação solar e, portanto, menos densa. Por conta disso, a tendência é que o ar quente suba, levando consigo os poluentes atmosféricos.

A porção superior do ar, por sua vez, é mais densa, pesada e tende a descer. O ar frio é aquecido ao chegar perto da superfície terrestre, de modo que o movimento seja sempre constante: ar quente subindo e ar frio descendo.

Como as grandes cidades geralmente apresentam muitas áreas construídas, desmatadas e impermeabilizadas, o solo tende a absorver uma grande quantidade de calor durante o dia. O calor retido irradia-se, aquecendo as camas mais baixas da atmosfera. Durante à noite, porém, o solo perde rapidamente o calor, e este ar esfria. Quando isso acontece, há uma inversão da situação normal: o ar frio fica na superfície, incapaz de subir, enquanto o ar quente acima não consegue descer.

Uma das consequências desse fenômeno é a retenção da poluição atmosférica, formando uma camada de cor cinza que pode ser visualizada a olho nu. Este acúmulo de poluentes é muito prejudicial para a saúde, podendo ocasionar doenças respiratórias associadas à poluição do ar, tais como bronquite e pneumonia, além de provocar cansaço excessivo e outros problemas.

Embora possa acontecer a qualquer momento, a inversão térmica é mais frequente durante o inverno e em períodos de chuva escassa. Os gases emitidos por carros, caminhões e pelas indústrias faz com que esse fenômeno se torne mais intenso.